sexta-feira, 24 de abril de 2020







                                                 

                                                  O ARTESANATO E ENCONTRO COM SI
Magaly Andriotti Fernandes

 Março retornando das férias, do nada nos vemos diante de uma pademia, nunca antes vivida. Ter que ficar em casa. Eu como moro só, nem me dei conta de correr para casa de minha irmã, de meu filho mais velho que moram em casa, Fiquei na minha própria casa, que na realidade é um apartamento no nono andar. Tenho sol todas as manhas em todas as peças da casa, o que ajuda muito. Folhagens, desde tres arbustos, cactos, orquideas, violetas, bergamoteira, espadas de São Jorge, um pequeno jardim, ou uma selva como quiserem. Minhas paredes são povoadas de fotos com a historia de minha familia constituida e familia ampliada. Trabalhos artisticos de meus netos estão nelas exposto.
Na semana anterior a decretaçao do isolamento social estava com minha neta de seis anos no Brick da Redençao, espaço de feira de artesanato, antiquidades e alimentação no coração de Porto Alegre, cidade onde nasci e resido, em busca de vestidos para sua Barbie. Encontramos e adquirimos um muito lindo de baile.
Eu e o artesanato temos um namoro de longa data. Aprendi a costura, o bordado, o trico e o crochet ainda na primeira infancia, com minha mãe que era costureira e com minha avó.
Na adolescencia, tornei-me feminista e ai os trabalhos manuais foram desconsiderados, e associados a um prática que diminuia o papel feminino na sociedade. Coisa que na idade adulta, me dei conta que o trabalho associado a falta de prazer e criatividade,o trabalho repetitivo, aqule executado por pessoas, que so seguiam o mandato familiar sim , esse era tipico das mulheres prendadas. Para mim o artesanato é sim hoje uma forma de manifestação do meu eu, do meu mais intimo eu. E tinha ali dentro de mim uma Magaly-menina que há muito não se permitia brincar.
Nesses ultimos quarenta dias, morando só , comigo mesma, um pleonasmo, mas o quero bem aqui. Eu, megulhei fundo nos meus propositos, e resolvi entao, tentar fazer roupas de boneca. E ai estão. Minha neta ia vendo pelo video e pedindo novo modelo, novo desafio, e a vovó-menina tecendo. Essa é uma conexão com minha avó Joana, mãe de minha mãe, e com minha avó Carmem, mãe de meu pai. E com minha mãe, que apesar de costureira , não aspirava que suas filhas o fossem. Como te fato aconteceu, eu psicologa e minha irmã empresária.
 Além das roupas da Barbie, iniciei um livro que irá falar da Abelha e do Vagalume , dois insetos em extinçao, pretendo com o bordado sensibilizar minha neta mais jovem para essa realidade, e pensarmos em perspectivas.
O que importa é isso, o resultado, o colorido, a roupa ficar certinha na boneca, o olho no brilho das netas. E agora contando os dias para o desfile, para a brincadeira, para a curtição.

quarta-feira, 22 de abril de 2020




A quarentena avança e a Coleção verão /inverno da Barbie vai crescendo.


O tricot, o croche e o tear tem sido meus aliados nesse momento de quarentena. Ai uma blusa para meu sobrinho e sapatinho meia para ver TV. E por ultimoum xale feito no tear triangular. A lã e que dá esse detalhe de felpas.