domingo, 24 de abril de 2016



                                                            BORDADO

                                  Depois de muitos anos retomo a vontade de bordar. Sempre quis ter um vestido de algodão por mim feito e por mim bordado.
                                  Ele vem integrar muitas emoçoes, e prazeres, amo  arvores, arvores floridas, arvores com raizes profundas, adoro mandalas. Nas decada de sessenta vivi minha infancia a sombra do movimento  hippie . Sempre fui uma pessoa marginal, que vivi a margem, sempre vivi apartada dos grupos. Na realidade sou uma eremita. Por muito tempo pensei que esse marginal fosse algo do lado da transgreçao, do ilegal. Ate que me dei conta que nao, que simplesmente adoro ser como  sou, que nao gostava de estar na moda, de ser o centro. E que sim tinha ideias, pensamentos, e praticas que faziam a diferença e  muiutas vezes chocavam. O bordado, o tricot, o croche, e outros trabalhos manuais, as feministas me fizeram pensar que era um trabalho de menos monta, que eu devia deixa-los de lado. Que a mulher moderna era uma cientista, que vivia para o trabalho.
                                 Esse bordado me traz de volta, regata meu eu feminino, regasta minha paixao por tecer, por poder me expressar atravez das artes manunais. Regasta a hippie que sempre ficou reprimida em mim. Regasta a tecela. Bordar e meditar e estar consigo mesma e com o universo.
                                  Eis que ai esta, saiu do plano dos projetos e esta na vida.
MAGALY ANDRIOTTI FERNANDES
PORTO ALEGRE 24/04/2016

2 comentários:

  1. Que lindo esse bordado!!
    Me ensina? Qdmuito pequena comecei a aprender mas na mudança para.a cidade grande tudo acabou se.perdendo
    Tempo de retomar.

    ResponderExcluir
  2. Que lindo esse bordado!!
    Me ensina? Qdmuito pequena comecei a aprender mas na mudança para.a cidade grande tudo acabou se.perdendo
    Tempo de retomar.

    ResponderExcluir